Quando Jesus subiu aos céus ele fez uma promessa: “E eu rogarei ao Pai, e
ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco” (Jo
14.16). Fundamentados nessa promessa a igreja desempenha a sua missão no
mundo. Sem essa presença constante e animadora do Espírito Santo a igreja
correrá o risco de cumprir com sua tarefa fiada na sua força e no seu poder.
É importante e urgente que pensemos e repensemos sobre o papel do Espírito
na vida da igreja hoje. Deixo nesse pequeno texto três ideias para nossa
reflexão.
O Espírito Santo é o originador da missão.
É o Espírito Santo quem principia a missão da igreja. Ele é aquele que
conhece a mente de Cristo e, portanto, tem a incumbência de dar
prosseguimento ao trabalho iniciado por Cristo na cruz do Calvário. Sem esta
direção segura o Espírito a igreja é como uma nau desgovernada ao mar. Nada
começa com a igreja, mas sim com o sopro do Espírito.
O Espírito Santo é o condutor da missão.
O Espírito é também aquele que conduz a igreja pelas trilhas do mundo. Este
papel é importante ao não permitir que a igreja seja preconceituosa no seu
papel missionário. A igreja pode por vezes ter a tendência a incluir os mais
favorecidos da sociedade e inversamente excluir os desfavorecidos. O
Espírito também conduz a igreja por caminhos que ela ainda não trilhou e por
lugares onde o evangelho ainda não é conhecido.
O Espírito Santo é o sustentador da missão.
Este aspecto é importante e deve ser enfatizado com mais assiduidade pelos
líderes das igrejas. Por causa do dinheiro e da tecnologia fica por vezes a
impressão de que missão e missões são realizadas por causa dos recursos das
igrejas ricas. Se isto for verdade, as igrejas pobres são excluídas da
atividade evangelizadora. É necessário que todos (ricos e pobres)
compreendam que a missão é feita no poder e com os recursos que o Espírito
disponibiliza para a igreja.
Antonio Carlos Barro, AC
