domingo, 22 de agosto de 2010

Pr. Glênio comenta sobre a cruz e o discipulado


A vida cristã começa numa tumba vazia. O berço do Cristianismo é a sepultura de Jesus Cristo, totalmente escancarada. Mas, antes da ressurreição vem a morte. Não há vida ressurreta sem a morte da cruz. Cristo Jesus precisava morrer como o substituto e o representante de toda a raça adâmica.
A lei exige que o réu seja morto. A pena do pecado é o extermínio do culpado e não há comutação para esta sentença. A alma que pecar terá que morrer. Ezequiel 18:20a. Só a morte do incriminado pode lhe garantir a plena satisfação da lei. Como o culpado não apresentava as credenciais para se justificar perante a lei, Jesus tinha que morrer como o substituto do pecador, a fim de justificá-lo do seu pecado, mas, também, como o seu representante, para levá-lo a morrer juntamente com ele.
A morte de Jesus na cruz tem dois lados. Ele morreu por nós e nos fez morrer com ele. Jesus foi nosso regra-três e nosso representante legal. Ele nos substituiu no madeiro, morrendo em nosso lugar e, ao mesmo tempo, nos incluiu em seu corpo para nos fazer morrer juntamente com ele. Assim, Cristo Jesus nos perdoou dos nossos pecados, morrendo por nós na cruz, bem como, nos fez morrer para o pecado, nos isentando da sua condenação e da nossa culpa eterna.
A vida cristã é a vida ressurreta que passa pela cruz e o viver cristão é a continuidade desta vida que traz as marcas de Cristo crucificado. O cristão é alguém que morreu com Cristo e que vive a vida de um crucificado na plenitude da vida ressurreta. Sua caminhada é levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo. 2 Coríntios 4:10. Aquele que morreu com Cristo tem a vida crucificada e ressurreta de Cristo como única garantia de seu modo de ser.
O discipulado cristão não é um aprendizado de um estilo de vida religiosa, mas a demonstração da vida de Cristo manifesta pela obra da cruz. A vida adâmica não tem condições de viver a vida ressuscitada de Cristo. Adão precisa morrer. O homem velho não consegue manifestar o caráter de Cristo em seu modo de ser, se primeiro não morrer.

* o autor é pastor da Primeira Igreja Batista de Londrina, PR.

3 comentários:

  1. A cruz é o maior e melhor do cristianismo. Ela vem sendo tirada das pregações de auto-ajuda hoje em dia.

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  2. Sem duvida a cruz é a suficiência total a submissão de Cristo Jesus, graça e paz

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  3. O pastor Glênio sempre mantendo sua coerência bíblica, parabéns ao bemdiscipulado pelo belo artigo.

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